"Unicamp pode perder gestão do Hospital de Sumaré; entenda o impasse"
- Categoria: Geral
- Publicação: 04/04/2025 14:53

A Unicamp enfrenta um impasse que pode comprometer a gestão de um dos melhores hospitais públicos do Brasil. A administração do Hospital Estadual de Sumaré (HES) pela universidade termina em julho, e o governo estadual decidiu abrir um chamamento público para selecionar um novo gestor, atendendo a uma determinação do Tribunal de Contas de São Paulo, que considera o modelo atual defasado.
Desde sua inauguração, o HES é administrado pela Unicamp por meio da Funcamp, consolidando-se como referência em média complexidade e excelência nos serviços. Em 2022, foi eleito o melhor hospital público do país pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), reconhecimento impulsionado pelo modelo de hospital-escola. Com 249 leitos, incluindo UTI neonatal, realiza cerca de 5.000 consultas mensais e recebe 500 estudantes de medicina e 250 residentes anualmente, garantindo qualidade no atendimento e eficiência na gestão pública.
A decisão do governo permite que Organizações Sociais de Saúde (OSS) concorram à gestão, o que pode levar à substituição da Unicamp por uma entidade com menor experiência. Profissionais, alunos e pesquisadores temem os impactos dessa mudança na qualidade dos serviços. Embora o governo afirme que experiência e qualidade serão critérios na seleção, não há garantia da continuidade da administração universitária.
Os moradores de Sumaré também estão apreensivos. Sem um hospital municipal, o HES é essencial para evitar o colapso da saúde local, pois as UPAs oferecem apenas atendimento básico de urgência.
A sociedade e a comunidade acadêmica devem acompanhar o processo de perto. Manter a Unicamp na gestão do HES não só assegura a qualidade do atendimento, mas preserva um modelo eficiente e comprometido com o interesse público.
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