O senador Rogério Marinho (PL-RN), que atuou como secretário especial da Previdência e do Trabalho com status de ministro entre 2019 e 2020, acusou parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) de facilitar fraudes contra aposentados por meio de 19 emendas apresentadas à Medida Provisória nº 871/2019.

A MP, enviada pelo então presidente Jair Bolsonaro, tinha como objetivo proteger beneficiários do INSS contra descontos indevidos promovidos por sindicatos e associações. Segundo Marinho, as emendas petistas desfiguraram o texto original, resultando na Lei nº 13.846, que acabou abrindo brecha para o esquema de fraudes que agora está sendo investigado e teria causado prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos aposentados.

Explosão nas reclamações de descontos indevidos

De acordo com o ex-ministro, em 2022 foram registradas 24 mil reclamações de descontos não autorizados em benefícios previdenciários. Em 2023, primeiro ano do novo governo do PT, o número disparou para 459.885 queixas, indicando um cenário de descontrole e aumento de fraudes.

Entidades ligadas à esquerda lideram os desvios, diz senador

Rogério Marinho leu em plenário no Senado uma lista das associações que mais realizaram descontos indevidos em contracheques de aposentados. Segundo ele, todas estão vinculadas a grupos ligados à esquerda política.

Tentativa de censura levanta suspeitas

Durante o discurso, o líder do PT pediu um aparte, que foi concedido por Marinho. Contudo, o presidente da sessão e líder do governo, Davi Alcolumbre, proibiu a continuidade do debate, o que gerou críticas e suspeitas de tentativa de abafar a discussão sobre o tema.